A FAHOR, por meio do Curso de Engenharia de Controle e Automação integra um importante projeto de pesquisa que une empresas e instituições no desenvolvimento de pesquisas para melhoria e desenvolvimento da cadeia da apicultura gaúcha, com impactos positivos na economia e sustentabilidade.
O projeto “Bee Care - apicultura 4.0 , é desenvolvido por professores e estudantes da FAHOR (Horizontina, RS), da Setrem (Três de Maio, RS) e das empresas Bioseta e OpenInd (Esteio, RS), que já desenvolve ações de manejo e preservação de abelhas no Rio Grande do Sul. A união de esforços visa de forma geral, tentar entender o comportamento das abelhas para sua preservação e potencializar a cadeia produtiva de mel. O projeto foi aprovado no programa Techfuturo com recursos da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Estado do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
O Diretor da Bioseta, Luiz Carlos dos Santos e o Engenheiro da OpenInd, Bernardo Reis, estiveram na FAHOR juntamente com o professor Geovane Webler, a estudante Fernanda Stamm Fronza, a professora Cláudia Viegas e o vice-diretor Marcelo Blume, onde alinharam algumas atividades iniciais, bem como conheceram os laboratórios que serão utilizados para desenvolver o projeto.
Para isso, uma bolsista, estudante do curso de Engenharia de Controle e Automação, Fernanda Stamm Fronza estará trabalhando nessa pesquisa junto com o professor Geovane Webler e com o acompanhamento das equipes da Bioseta e da OpenInd.
“Nosso papel é auxiliar no desenvolvimento de equipamentos para uma UPC - Unidade de Pesquisa de Campo, ou seja, vamos trabalhar para identificar os melhores sensores, métodos, e demais componentes para captação de dados ambientais e monitoramento das abelhas, nas propriedades parceiras do projeto”, destacou o professor Geovane.
Ele destaca que já se sabe muito sobre as abelhas, mas outras tantas informações despertam a curiosidade e são necessárias quando se pensa em melhorar um produto, como o mel. Para isso, serão instaladas colmeias em 4 municípios diferentes, na região: Horizontina, Três de Maio, Santa Rosa e São José do Inhacorá, a fim de um comparativo entre as informações coletadas, totalizando 25 pontos observados e monitorados.
De acordo com o professor, essas informações vão desde as condições meteorológicas do lugar onde estão as colmeias, matas e biodiversidade do local, que influenciam na alimentação das abelhas, mensuração da disponibilidade de água e índices pluviométricos, direção do vento, umidade do ar, entre outros detalhes. “O tipo de florada que elas consomem, interferem nas características do mel; o cruzamento de dados, ambientais, de alimento e água, com as variáveis meteorológicas, vento, chuva, umidade, radiação, vai contribuir no produto final, onde poderemos ter as características de cada região e desenvolver produtos diferenciados, de acordo com cada uma das características evidenciadas na pesquisa”, comentou Webler.
As colmeias serão instaladas em propriedades de apicultores, que já possuem conhecimento sobre a produção de abelhas, para contribuírem também nesses estudos. Futuramente, o grupo de pesquisa também pretende desenvolver um aplicativo para que o apicultor possa ter esses dados de forma mais rápida e poder agir em determinadas situações a fim de prevenir ou gerenciar alguma situação anormal que possa ocorrer, de acordo com os dados.
Marcelo Blume explica que o projeto “Bee Care - apicultura 4.0 foi selecionado a partir do edital do TechFuturo, do Programa INOVA RS – região Noroeste Missões, na vertical do agro, através da FAPERGS e contrapartidas da Bioseta, FAHOR e SETREM, além de outras empresas e instituições parceiras que devem se unir ao projeto.